terça-feira, 14 de abril de 2009

Fernando Pessoa - Obra Literária

A melhor biografia de um artista é sua obra. Conheça Fernando Pessoa, sua obra literária, um escritor de várias facetas, introvertido e meditativo que teve uma grande influência na literatura portuguesa do século XX.
Fernando Pessoa, escritor português, nasceu em Lisboa (freguesia dos Mártires), 13 de junho 1888. O primeiro português a figurar na plêiade, prestigiada coleção francesa de grandes nomes da literatura.



As poesias de Fernando Pessoa são meditativas e refletem inquietações quanto sua existência no mundo. 'Pessoa' se intitulava um cristão gnóstico, oposto a todas as igrejas organizadas, principalmente a igreja de Roma. Fernando Pessoa foi uma pessoa enigmática, esotérica e mística. As ciências ocultas exerciam fascínio ao escritor que possuía ligação com a Maçonaria e a Rosa Cruz.


Fernando Pessoa tinha 4 heterônimos: Bernardo Soares, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Álvaro Campos. Leia no Caderno de Saramago, sobre Fernando Pessoa, detalhes de cada uma dessas faces do Escritor.

O crítico literário estadunidense Harold Bloom, considerou Fernando Pessoa e Pablo Neruda como sendo os dois poetas mais representativos do século XX.

Fernando Pessoa morreu na cidade de Lisboa no dia 30 de novembro de 1935, aos 47 anos vítima de cólica hepática. Na biografia de Fernando Pessoa, consta que sua última frase, escrita na língua inglesa, teria sido: "I Know not what tomorrow will bring..." (não sei o que o amanhã trará).

O download dos poemas de Fernando Pessoa (domínio público), pode ser feito clicando em Domínio Público.


Fernando Pessoa - O Pensador




"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque saíba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem porque ama, nem o que é amar..."

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm."

"Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta com várias pessoas,
Quanto mais personalidades eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora."

"Que estúpido se não se sabe que a infelicidade dos outros é dele
e não se cura de fora.
Porque sofrer não é ter falta de tinta
ou o caixote não ter aros de ferro!"


Mais sobre Fernando Pessoa e sua obra literária:

Vida e Arte de Fernando Pessoa

Jornal da Poesia - Obra e biografia

2 comentários:

Paôla Bacchini disse...

Maravilhoso..... Simplesmente se ama.....
Simplesmente amei!!!

Arthurius Maximus disse...

Sou fá incondicional de Fernando Pessoa. Um dos maiores poetas de nossa língua e um gênio atormentado.