29 de março os judeus comemoram o Pessach, a Páscoa judaica. A celebração do Pessach dura oito dias, nesses dias é proíbido comer pão fermentado (chametz), que é substituído por um pão ázimo chamado “matzá”. O Pessach celebra o Êxodo (a fuga do povo de Israel do Egito).
“A cada geração cada ser humano deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito. Pois está escrito: Você deverá contar aos seus filhos, neste dia, D’us fez estes milagres para mim, quando eu sai do Egito…”
O Sêder de Pessach é uma cerimônia, onde os alimentos degustados pelos judeus possuem um simbolismo pelo qual se recorda a história do Êxodo, o sofrimento e a libertação do povo de Israel. O Sêder Pessach é realizado na primeira noite de Pessach (em Israel), fora de Israel o Sêder Pessach é realizado na primeira e segunda noite de Pessach.
Durante o Sêder Pessach os alimentos são colocados em um “Keara” (prato especial), e na mesa, fica de frente para o chefe da família.
Keara (prato onde os alimentos do Pessach são colocados)
Ao lado do “Keara” é colocado uma vasilha com água salgada, onde as Karpas (batata cozida, cebola crua ou outros vegetais) são mergulhados nessa água salgada antes de serem comidos. Os vegetais simbolizam o potencial de crescimento e renascimento, e a água salgada relembra as lágrimas derramadas durante a escravidão.
Os Principais mitsvot (preceitos) do Sêder Pessach são: comer o matsá, narrar a história do Êxodo ao recitar a Hagadá e explicar o significado de três itens: Pêssach (cordeiro pascal), matsá e maror (ervas amargas); beber quatro taças de vinho (ou suco de uvas), comer maror; e recitar o Halel (cânticos de louvores a D’us).
Simbologia dos Alimentos do Pessach
Matzá – alimento básico do pessach, uma bolacha não fermentada feita de farinha de trigo e água, sem sal nem açúcar. Relembra o pão da miséria que foi comido na terra do Egito e desperta a consciência de que ainda nos dias de hoje há muitas pessoas desprivilegiadas.
Zeroá – pedaço de osso de cordeiro ou galinha grelhado – simboliza o poder com que D’us tirou os judeus do Egito e recorda o carneiro pascal.
Maror e Chazêret – raiz forte – erva amarga que remete ao sofrimento dos judeus escravos.
Charôsset – mistura de nozes, canela, cravo, passas, maçã e vinho tinto. Essa mistura lembra, na cor e consistência, a argamassa usada no Egito para fazer tijolos utilizados pelos judeus para construirem as edificações do faraó.
Beitsá – um ovo cozido é colocado no Keara (prato) para comemorar o sacrifício de Chaguigá, que foi oferecido junto com o sacrifício pascal no Templo. Simboliza também luto.
Karpass (karpas, carpas) – cebola, batata ou outras verduras que, molhadas em vinagre ou água salgada remete ao sofrimento, as lágrimas dos antepassados no Egito.
Pessach e Páscoa
A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas tem um significado diferente. Enquanto para o judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Cristo.
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4 comentários:
Motivos diferentes, simbologias diferentes; mas a Páscoa é sempre um momento de comemoração e de alegria para judeus e cristãos. E essa é a mensagem que deve prevalecer.
Excelente artigo.
A Páscoa cristã também simboliza libertação e passagem para uma vida nova.
E pra você, Beth, uma páscoa abençoada e de paz.
Bj
A mesma festa com significados diferentes...
Te desejo uma Feliz Páscoa...
Judaísmo é Judaísmo, Cristianísmo é Cristianísmo. Pessah # de Páscoa.
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