Na versão do poeta Ovídio, obra chamada Metamorfose, Pigmalião era um escultor solitário que vivia na ilha grega de Chipre.
Segundo a lenda, Pigmalião via tantos defeitos nas mulheres da ilha do mar mediterrâneo que por isso preferia viver em celibato, dedicando-se arte da escultura.
Mas a beleza feminina exercia fascíno em Pigmalião, tanto que, um dia escupiu com muito esmero uma estátua com os atributos da mulher de seus sonhos.
Pigmalião se apaixonou pela mulher de mármore frio e passou a tratá-la como uma mulher de carne e osso, que ele chamou pelo nome de Galatéia. Para torná-la mais encantadora, colocou vestido sobre seu corpo, colares e brincos; deitou-a num leito ornado e a chamou de esposa.
No festival de Vênus, durante a solenidade, Pigmalião implora a deusa Afrodite, uma mulher como Galatéia.
A deusa comovida com o sofrimento do escultor solitário e entendendo seu verdadeiro desejo, transformou a estátua em uma mulher de verdade.
O homem que passou a vida desprezando as mulheres, transformou-se em um servo devoto da mulher modelada por suas próprias mãos. Pigmalião e Galatéia tiveram um filho chamado Pafos (em alusão ao nome da cidade cipriota onde localizava-se o santuário de Afrodite), e uma filha chamada Metarme.
Existem versões distintas para a lenda de Pigmalião. Na versão de Pseudo-Apolodoro, o escultor Pigmalião era o rei de Chipre. A mais antiga fonte da lenda é encontrada na obra de Filostéfano de Cirene.
Todo mito traduz um elemento do comportamento humano. O mito de Pigmalião fala da capacidade humana de determinar rumos, concretizar planos pessoais e coletivos, realinhando a realidade de acordo com nossas expectativas.
O mito de Pigmalião inspirou poemas, livros, óperas, peças de teatro, ballets e novelas. O dramaturgo George Bernard shaw, 1914, escreveu para o teatro, uma das mais famosas obras, a comédia Pigmalião, usando o mito grego, adaptado para o cinema com o título de My Fair Lady.
Pigmalião e Galatéia, de Jean-Léon Gerome
“A beleza é dada ao homem que a procura. Tornando-se realmente irresistível quando ele usa as mãos para esculpir a linguagem do amor.”
2 comentários:
Foi por acaso que cheguei aqui!
E curti muito o espaço...voltarei!
Muito bom, gostei muito... há pouco material sobre este belo mito grego... parabens pela iniciativa.
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